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A ausência feminina na literatura clássica


        Hoje foi uma manhã comum de aula. Entre as aulas dessa segunda-feira tivemos literatura no horário. Minha turma está estudando o romantismo. Meu professor ministrava sua aula, comentava as gerações românticas, lia poemas e no final falava o nome dos autores: “Castro Alves, Álvares de Azevedo, Gonçalves Dias”... Seus poemas indianistas ou poemas românticos idealizando um amor ou poemas com críticas sociais. Foi ai que eu me questionei: Cadê as mulheres na literatura nesse período?

        Fiquei refletindo nos poema lido pelo meu professor. Homens apaixonados que respiram e vivem de amor. Loucos pela mulher amada, desejado, mas infelizmente não lemos nenhum poema ou prosa de alguma mulher desse período. Se procurarmos a presença feminina nos clássicos da literatura até o século XIX não vamos encontrar. É bem verdade que as características culturais da época têm grande peso nessa ausência feminina. As mulheres eram educadas para o lar e as suas obrigações. Mulher produzir literatura – na essência da palavra- talvez fosse algo extremamente “escândalo”. A arte estava longe delas. Éramos apenas inspirações para os amores de Álvares de Azevedo ou frustração para Bentinho – no realismo-.

        É uma pena essa ausência da mulher nos períodos importante da literatura. As circunstâncias não permitiram que nossas mãos fizessem parte dos clássicos literários até o século XIX. Já imaginou uma Clarice Lispector romântica? Uma Marina Colasanti tecendo no realismo?  Ou uma Cecília Meireles nos premiando com objetos de estudo e de prazer? É uma pena... Isso fica apenas no campo da subjetividade – que não deixa de ser literatura-, mas se isso fosse real, os movimentos clássicos teriam um toque de mestre bastante refinado!É uma pena essa ausência da mulher nos períodos importante da literatura. As circunstâncias não permitiram que nossas mãos fizessem parte dos clássicos literários até o século XIX. Já imaginou uma Clarice Lispector romântica? Uma Marina Colasanti tecendo no realismo?  Ou uma Cecília Meireles nos premiando com objetos de estudo e de prazer? É uma pena... Isso fica apenas no campo da subjetividade – que não deixa de ser literatura-, mas se isso fosse real, os movimentos clássicos teriam um toque de mestre bastante refinado!

                                                                                          Ana Gabriella Barbosa

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